A Dança Contemporânea, assim como as outras formas de arte, vem se desenvolvendo no decorrer do processo histórico como um todo e teve maior visibilidade a partir do século XX. Buscando uma forma mais natural e comum de entender o corpo e como este se posiciona perante o mundo, essa forma de dançar traz a arte como importante questionadora dos padrões preestabelecidos. Seria muito superficial dizer a que a Dança Contemporânea limita-se a confrontar os padrões da dança clássica enquanto movimento, ela busca além de um corpo mais natural, além de quebrar alguns estigmas de que o bailarino deva ter capacidades físicas excepcionais e belas, ela busca colocar em cena questões sociais, expôr opressões e dialogar de forma mútua com o espectador.
A Tanztheater Wuppertal Pina Bausch, a Cia Rosas dirigida por Anne Teresa de Keersmaeker, Marina Abramović, são alguns dos nomes mais reconhecidos no cenário de dança e performance contemporâneas internacional. No Brasil temos algumas companhias de Dança Contemporânea que seguem as mais diferentes vertentes, algumas voltadas mais para o sentido da dança clássica com códigos de movimentos já pré estabelecidos, outras que buscam um fazer dizer a partir do assunto escolhido.
Por ter a possibilidade de tantos fazeres e modos de se mostrar em cena, a Dança Contemporânea não se apresenta como uma unidade fixa em todo mundo, como um código único e universal, é a partir das vivências de cada artista, cada intérprete que ela vai se construindo, vivenciar a experiência e fazer parte do processo criativo é algo enriquecedor para o ser humano enquanto sujeito social ativo.
Luane Pedroso, professora de Dança Contemporânea da Garagem da Dança.