Dança de salão: o prazer e o encanto de dançar a dois
A dança de salão se refere a diversos estilos praticados a dois. Não existe uma definição exata da sua origem. O que se sabe é que a modalidade é uma mistura de diversas influências, tanto da corte europeia quanto de danças populares de povos negros, índios e sertanejos, entre outros. Trata-se de uma dança sem regras pré-estabelecidas em que o mais importante depende de cada indivíduo, de suas buscas e particularidades.
Dançar a dois é promover o encontro de quem conduz com quem é conduzido, além de ser uma forma de contato com os muitos dançarinos que atravessaram épocas para criar os ritmos trabalhados nesta categoria. “Para quem acha que dançar acompanhado é mais divertido, esta é a modalidade ideal”, explica o professor de dança de salão da Garagem, Caio Cardoso Tomaz.
Para ele, é através do abraço e de outras formas de conexão que quem dança sugere e recebe estímulos que se tornam passos nos salões. Nas aulas de dança de salão da Garagem, três ritmos são trabalhados essencialmente: o samba de gafieira, o bolero e o forró. A seguir, vamos falar um pouco mais de cada um deles.
Samba de gafieira
As coreografias cheias de malandragem e elegância resumem o samba de gafieira. O termo “gafieira” vem de “gafe” e se refere ao salão onde se pratica a dança a dois. A dança é derivada do maxixe e surgiu como um ritmo urbano, forte e envolvente. “Nas nossas aulas, busca-se desmistificar o conceito de ‘papel de homem’ e o ‘papel da mulher’ – aqui, pessoas dançam com pessoas e não apenas homens com mulheres. A ideia é que cada dançarino desenvolva seus corpos de forma livre e autêntica, com menos influência das pressões e contratos sociais”, explica.
Bolero
Há quem diga que o bolero é um ritmo cubano. Outros dizem que o ritmo tem origem cigana. Também tem influência do tango e em outros países latinos, aproxima-se da rumba mais lenta, como uma dança mais romântica. É um estilo dançado no mundo todo, de diferentes formas e com vários nomes.
Forró
O forró é um ritmo que nasceu no Nordeste e conquistou o país. Quanto à origem do termo, há quem diga que “forró” veio de “for all” (ou “para todos”, em inglês”), referindo-se a bailes abertos ao público promovidos por militares que queriam se divertir. Porém, já se sabe que essa história se trata de uma lenda urbana pois há registros do termo nos dicionários mesmo antes da 2ª Guerra Mundial. Portanto, a hipótese mais aceita é que o forró tenha surgido da palavra “forrobodó”, cuja origem pode ser portuguesa ou africana, mas também não há confirmação absoluta disso.
“Para alguns, o mais importante na dança de salão é a conexão entre os bailarinos. Para outros é a beleza dos movimentos ou a sociabilidade que o estilo proporciona. A verdade é que a dança de salão é um verdadeiro diálogo sem palavras que alegra e encanta”, finaliza Caio. A socialização, coordenação motora, improvisação e musicalidade são alguns dos itens trabalhados nas aulas da modalidade, que não têm restrições de idade.
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